domingo, 5 de julho de 2009

JERSEY: O HOMEM ATRAPALHA A RAÇA

A partir de 1975 os jersistas gaúchos, associados e dirigentes da hoje sexagenária Associação de Criadores de Gado Jersey do Rio Grande do Sul, perderam os subsídios federais e estaduais que lhes eram anualmente destinados. Mesmo assim, conseguiram aumentar significativamente o número de animais registrados e a qualidade dos plantéis até o ano de 1991.

Após 1991, devido às grandes dificuldades financeiras e altas taxas para emolumentos fixadas pela Associação dos Criadores de Gado Jersey do Brasil, começaram as reduções progressivas nos registros de animais e no quadro associativo, estabilizando e voltando a crescer a partir de 1998.

O difícil relacionamento para com a Brasileira só foi normalizado com a posse do mineiro Sebastião Cabral Filho na presidência daquela entidade, após 1999, mas os problemas causados pelas suas crescentes despesas continuaram. A modificação em regulamentos sem a devida consulta e participação dos conselhos técnicos estaduais passou a ser comum, contemplando apenas “aspirações pessoais”.
Apesar dos problemas, a Jersey-RS continuou moderna e eficiente, viável mesmo com as restrições inadequadamente impostas pela Brasileira, executando com presteza os serviços de registro e de fomento, fornecendo apoio e colaborando para a evolução da raça.

Agora, em pleno 2009, novamente a Associação Brasileira tenta modificar os convênios para com suas delegadas, em detrimento da hegemonia estadual dessas entidades que, na realidade, são as responsáveis pelo registro dos animais e apoio a seus criadores. Cabe aos dirigentes estaduais uma franca e aberta discussão sobre a situação devendo, em prol do desenvolvimento da raça, achar uma opção mais realista para o controle do registro brasileiro da Jersey.

Quem sabe uma Associação Brasileira "on-line", pràticamente sem custos, um verdadeiro cartório de registros? E se a responsabilidade pelo mesmo fosse, a cada gestão, atribuída a uma de suas delegadas estaduais? De qualquer forma, a Brasileira como está de nada adianta, apenas onera.

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