sexta-feira, 24 de julho de 2009

JERSEY: O HOMEM ATRAPALHA A RAÇA (II)

No ano de 1950 foram relatados pelo dr.João Rouget Peres os primeiros contatos junto à ACGJB (RJ), com referência ao Herd-Book do Jersey do RS, sendo apresentado um estudo da proposta enviada por aquela entidade para ser revisada pela Diretoria da ACGJRGS (na foto, o primeiro livro de registro genealógico da Jersey no Brasil, com Rodrigo Assis Brasil).

Em 21 de outubro de 1950, o sr.José A Collares comentou estar a Secretaria da Agricultura do RS cogitando em transferir, ou desobrigar-se, do registro do gado Jersey no estado, ficando combinado telegrafar-se ao dr.Manoel Soares comunicando estar a ACGJRGS tratando junto à Brasileira para solucionar esse assunto por comum acordo, embora a solução definitiva sòmente poder ser acertada numa Assembléia Geral por implicar na alteração do Estatuto Social.

Na reunião realizada em 16 de março de 1951 foi comunicado que o presidente da ACGJB dirigiu-se ao Dr.João Rouget Perez dizendo estranhar o silêncio de nossa Associação com respeito à fórmula encontrada para a incorporação do Herd-Book do RS, informando o sr.Ibsen Vianna que, logo após recebida a “fórmula”(em caráter particular), dirigimo-nos àquela entidade, em 30 de novembro de 1950, expondo minuciosamente o nosso ponto de vista. Novamente nos dirigimos a êles, anexando cópia da correspondência de 30 de novembro.

Em 16 de maio de 1951, considerando não termos recebido contestação da ACGJB das diversas cartas a ela dirigidas, inclusive a de 07 de março passado levada em mãos pelo dr.João Rouget Perez, telegrafamos ao dr.Jorge Zani pedindo sua interferência para a solução definitiva do assunto.

Na sede da Sociedade Agrícola de Pelotas em 3 de julho de 1951, os drs.Elton Butierres e Celso Pöester (da Diretoria de Produção Animal da S.Agricultura do RS), relataram sobre os entendimentos mantidos com a ACGJB para a possível transferência dos registros genealógicos de nosso estado àquela entidade, no que foram por ela estabelecidas condições especiais para encarregar-se daquele serviço, e que já eram do nosso conhecimento atraves de projeto que nos foi enviado em caráter particular.

Na Assembléia Geral de 12/12/52 foram lidas as bases do possível acordo a ser firmado com a ACGJB, repletos de detalhes, encaminhando final entendimento sobre o registro Jersey no RS.

Em 13 de março de 1953, o Presidente relatou sobre a transferência dos livros de registros do RS para a ACGJB, com o assunto bem encaminhado, apresentando em 7 de julho de 1953 uma minuta do contrato a ser firmado com a Secretaria da Agricultura. Concordaram os presentes que se telegrafasse à Brasileira informando que a Secretaria da Agricultura do RS está aguardando a presença de um delegado credenciado para fazer a entrega dos livros de registro genealógico.

No dia 10 de fevereiro de 1955, o sr.Presidente expos o entendimento que teve com a ACGJB, e deu conhecimento do protocolo firmado em 13 de dezembro de 1954, delegando à ACGJRGS amplos poderes para representá-la junto aos criadores riograndenses a fim de ser efetivado o registro desse rebanho através do procedimento e cláusulas que serão relatados na próxima postagem deste blog (Jersey: o homem organiza a raça III).

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