terça-feira, 1 de março de 2011

CASO GRATITTUDE


A vaca OOMSDALE GORDO GOLDIE GRATITTUDE, 111224922, teve a presença em seu genoma de Holandês Vermelho e Branco (17%) de acordo com a American Jersey Cattle Association, considerando-a 83% jersey conforme seu DNA.

O Serviço de Registro Genealógico (SRG) da ACGJB, observando o procedimento adotado nos EUA, e basedo na lei brasileira nº 4.716 (29 de maio de 1965), decreto 58.984 (03 de agosto de 1966) e portaria nº 47 (15 de outubro de 1967), vai conceder registro 31/32 para as filhas dos touros Garden, Grieves e Gannon (filhos de Gratittude) nascidas até data a ser confirmada, permitindo com isso a evolução de sua descendência para chegar a SB (seleção jersey brasileiro), que na realidade são as PO por merecimento, desde que alcançados aqueles índices de tipo e produção estibulados no regulamento brasileiro.

A decisão brasileira visa inibir a comercialização do sêmen de filhos de Gratittude, protegendo assim os nossos plantéis e criadores contra a entrada de outras raças em nossa Jersey.

Este fato gerará, certamente, discussões e medidas que poderão modificar o conceito de Puro de Origem na raça Jersey.

Certo ou errado, os criadores, os melhoristas, os dirigentes das associações regionais e nacional, e os membros de seus Conselhos Deliberativos Técnicos, deverão estar munidos de conhecimentos e argumentos que permitam, na hora certa, a tomada de decisões certas, sem o prejuízo da raça nem de seus criadores.

Não devem esquecer, porem, dos motivos que nos levaram a escolher a Jersey como a raça leiteira mais completa: precocidade, alta produção de sólidos no leite com grande produção leiteira, longevidade, produção econômica de leite, excelente aparelho mamário, forte estrutura em tamanho médio, etc., que nos deixam pensando "se há necessidade de injetar gens de outras" numa raça que, a nosso ver, está completa. Será um melhoramento, ou uma regressão??

Na próxima edição, algumas considerações e dados para que todos possam participar e refletir sobre o assunto. Não percam.

Um comentário:

  1. Carlos Guilherme, este é um caso que traz à tona uma questão relevante e muitos questionamentos. P.q. só depois de milhares de doses vendidas mundo afora descobriu-se a mestiçagem? Não deveria ser de praxe esta pesquisa genômica?
    Além disto quantos touros de outros paises também são oferecidos, e com que nível de esclarecimento com relação aos seus graus sanguineos.
    Um exemplo, os touros dinamarqueses, muito em voga hoje nos E.U.A., quando se investiga as linhas maternas vê-se apenas n°s de registro que nos trazem dúvidas.

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