sábado, 22 de outubro de 2011

TOUROS: VALLEYSTREAM CLASSIC, EX

Valleystrean Classic, M7364/0, aAa 162543


Valleystrean Classic foi um touro bastante utilizado no Brasil, um grande filho de JFD Title, por produzir filhas de excelente tipo, altas e grandes com muita qualidade leiteira e boas características raciais. Bem anguladas, têm bons pescoços, paleta e cabeça, largura e comprimento de garupa excelentes, muito boas pernas e pés. O sistema mamário tem fortes ligamentos anteriores, centrais e posteriores, e as tetas são bem posicionadas com tamanho desejável.


Sua genealogia:


Pai: JFD Title, EX93, M4257/W, aAa 216345, nasc.01/09/1972
DSC (9/86) +1M -0,04%F +0,01%P, Rpt.97%
FTR (7/86) +12 (1545 d 251 h)

Avô: Nancy’s Sleeping Advancer, EX 96%, A590317
USDA (5-78) PD -7M +1F +0,2%F, 98% Rpt.
Produção média de 1898 filhas, 504 reb. = 9.600M e 480F
Pontuação média de 872 filhas = 84,6%


Avó: Milestone Bas Patience, EX 93%, A2536056
5a 365d 3x 17.426M 924F 5,3%F
Irmã inteira de JFD Empire

Bisavô: Marlu Milestone, EX 92,5%, A563805
USDA (5-78) PD: +561m, +34f, +0,06%f, 98% Rpt.
Prod.média 756 filhas de 196 rebanhos = 10.644M, 548F
Pontuação média de 751 filhas = 86,2%

Bisavó: Beacon Bas Patience, EX 94%, A2231590
6a 365d 21.024M 1.051F 5,00%F
Total em 10 lactações = 139.328M, 7.331F
Grande Campeã e melhor úbere adulto – All American 1964

Mãe: Valleystream Ricky’s Jean, VG 89%, reg.4564567a 305d 7843M 5,33%F
Prod.vital.: 8 lact 47048M 5,37%F
Av.BCA: 185M 183F (+36 +37)
Avô: Valleystream Midge’s Ricky, EX 90%, reg.133798
FTR (2/83) 11d 3h: +3

Avó: Cedar Creek Regents Rosie, EX 90,4%
Prod.vital.: 6 lact. 34271M 5,16%F
Av.BCA: 185M 115F (+58 +48)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

NASCENTE DO RIO PIRATINI

Depois de visitar a Estância Ibirapuitan com o superintendente de registro e jurado da ACGJRGS, Clariton Dias, no Alegrete, com o técnico e também jurado da raça Jersey, Roberto Nardi cheguei às terras onde nasce o rio Piratini.
Maurício Portinho, advogado por formação, agropecuarista por vocação, recebeu-nos com aquela simplicidade de quem sabe, no dia 8 de novembro, logo após o término do julgamento da organizada e bonita exposição de Ijuí. Um bom whisky com queijo no palito, seguido de pernil de texel assado demoradamente no forno acompanhado de batatas assadas enroladas em papel alumínio, uma boa salada de alface e tomate com especial molho, obrigaram-nos a tomar uma bem gelada Freixenet.



Educado no Rio de Janeiro, adorando as lides campeiras apreendidas de seu tio, iniciou o curso de engenharia eletrônica na Universidade de Kansas-Manhattan-EUA, região de grande produção de trigo e milho, e criadora de Hereford. Nas férias, para fazer “caixa”, operava colheitadeira de cereais para uma cooperativa regional prestadora de serviços.
Dos EUA, aos 23 anos, transferiu seus estudos para a PUC - Rio de Janeiro, sempre que possível vindo para a fazenda gaúcha apesar de seu pai, militar e intelectual, não querê-lo na atividade rural. Seu tio, no entanto, propiciava-lhe condições para aprender e curtir as atividades típicas do campo, e o jovem Maurício abandonou a engenharia.


De 1974 até 1985 foi sojicultor, equipando-se e adquirindo os insumos com financiamentos bancários a juros subsidiados, desistindo depois de 11 anos face aos baixos preços da oleaginosa.
Arrendando as lavouras, de 1985 a 1997 criou gado de corte, chegando a 900 vacas da raça Devon provenientes de herança de seu tio, e ovinos Ideal cruzados com a raça Texel.
Em 1993 passou no vestibular para Direito, em Friburgo-RJ, diplomado em 1997. Nessa época comercializava a carne de seus cordeiros, e dos fornecidos por Davi Martins (Livramento), que eram abatidos na Serrana (Tupanciretã) e na Cotrijui (D.Pedrito). Os cortes, acondicionados em caixas de papelão, eram congelados (paleta/pernil/carré/costela), chegando ao rio armazenados em frigoríficos. Seus clientes eram a Varig, a churrascaria T.Bonne Grill & outras, e o Carrefour, negócio lucrativo até os planos da ministra Zélia permitirem a entrada de carne ovina uruguaia, com preços muito baixos, obrigando-o a estocar com alto custo de armazenagem.
Desgostoso, em 1997 continuou a arrendar parte das terras para plantação de soja, vendendo todo o maquinário e ovinos, continuando a criar gado de corte. Até 2005, vinha todos os meses para a fazenda, quando arrendou toda a propriedade para produção de leite, após a liquidação de seus bovinos.
Sua índole campeira novamente prevaleceu, em 2010 investindo na produção leiteira com a raça Jersey pois, em Friburgo, visitando as queijarias dos suíços acabou por aprender a fazer queijos e gostar da atividade.


Reassumindo suas terras, construiu uma simples e agradável casa, comprou 2 vacas Jersey de João Pereira da Silva, 5 de Clóvis Tomasi, e 25 de Mário Utzig Filho (prefeito de Sta.Bárbara do Sul). Não dava mais para parar, passando a investir em pastagens, no equipamento para sala de ordenha, e na produção de silagem, e azevem pré-seco.


Hoje, com seu novel rebanho em crescimento, tem cerca de 130 fêmeas, e sua produção média beira os 30.000 litros/mês, entregue para a CCGL com o projeto de, em breve, montar uma queijaria. Tem recebido visita do pessoal técnico da Nestlé. Na pecuária de corte tem 400 vacas cruzando com Aberdeen Angus.


Com diversas áreas em formação de pastagens de tifton e azevem baljumbo, produz silagem de milho e de aveia, com grande estoque de azevem pré-seco. Suas instalações são modernas, com uma sala de ordenha ao ar livre (apenas telhado), com planos de montar uma queijaria para produtos especiais, e ordenhar de 80 a 100 vacas produzindo mais de 2000 litros/dia.


Seu avô, João Barbosa Portinho, nascido por volta de 1870 e falecido em 1940, era de São Luiz Gonzaga, e a avó Chaves de Cachoeira do Sul.
Nesta propriedade de Maurício nascem nosso conhecido e imponente Rio Piratini, e a futurosa cabanha de Jersey com afixo Piratiny.






No www.blogdojerseyrs.blogspot.com , mais notícias sobre as exposições gaúchas de primavera.